Patrimonio Material
Inaugurado pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, em 1924, como Sanatório Vicentina Aranha, foi um dos maiores centros para tratamento de tuberculose da América Latina.
A ideia e a iniciativa da construção do sanatório partiram da senhora Vicentina de Queiroz Aranha, esposa do senador Olavo Egídio, e foi motivada pelas características climáticas de São José dos Campos, favoráveis ao tratamento de doenças respiratórias. Sua topografia privilegiada, a amenidade do clima, bem como a “pureza de seus ares” eram conhecidas desde o período imperial.
Em busca da cura para a doença, muitas famílias se estabeleceram no município. O sanatório também foi responsável por criar condições de infraestrutura para que indústrias se estabelecessem na década de 1950, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico, cultural e de qualidade de vida de São José dos Campos.
Em 2006, foi adquirido pela Prefeitura Municipal de São José dos Campos e, desde 2007, funciona como Parque Vicentina Aranha, estando sua gestão, desde 2011, a cargo da AFAC- Organização Social de Cultura, a qual promove a recuperação das edificações com obras de manutenção e de restauro, além de uma diversificada programação cultural e de qualidade de vida.
É tombado como Patrimônio Histórico pelo COMPHAC (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural do Município de São José dos Campos) e CONDEPHAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), sendo o seu projeto arquitetônico creditado a Francisco de Paula Ramos de Azevedo, um dos arquitetos mais importantes do Brasil.
Em 2012, foi iniciada a primeira fase de um grande projeto arquitetônico que tem como finalidade o restauro de todo o patrimônio edificado do Parque Vicentina Aranha.
Memorial Padre Rodolfo Komórek
A história de vida do padre e os aspectos do cotidiano do período sanatorial de São José dos Campos, podem ser vistos no Memorial Padre Rodolfo Komorek no Parque Vicentina Aranha, quarto onde o Venerável passou seus últimos dias de vida.
Sob gestão da AFAC - Organização Social de Cultura, entidade gestora do Parque Vicentina Aranha, em parceria com a Paróquia Sagrada Família – Diocese de São José dos Campos, o espaço tem por objetivo a promoção do conhecimento, a salvaguarda do patrimônio material e imaterial, e a recuperação dos bens culturais ligados à Causa de Beatificação e Canonização do Padre Rodolfo Komorek.
Falecido em 11 de dezembro de 1949, aos 58 anos, seu processo de Beatificação e Canonização, aberto em 1964, encontra-se no Vaticano. Um milagre atribuído à sua intercessão poderá beatificá-lo e, posteriormente, canonizá-lo, tornando-o o primeiro Santo ligado diretamente à história de São José dos Campos.
O Memorial Padre Rodolfo Komorek está aberto para visitação diariamente, das 9h às 19h, no Pavilhão Cia. Paulista.
Conheça mais sobre a história de Padre Rodolfo Komorek acessando o site www.padrerodolfokomorek.salesianossp.org.br.
Capela Sagrado Coração de Jesus
Inaugurada em 20 de outubro de 1935, a Capela Sagrado Coração de Jesus foi construída com donativos do Conde Antonio de Toledo Lara, um dos financiadores da Santa Casa de Misericórdia, além de apoiador de instituições católicas, estabelecimentos de saúde e atividades artísticas da cidade de São Paulo.
Durante a fase sanatorial do Vicentina Aranha, eram celebradas missas diárias para funcionários e pacientes. Seu capelão era o Padre Ascânio Brandão, o mesmo que doou o terreno para a construção da Catedral de São Dimas.
Também celebraram na Capela do Vicentina Padre Bindão e Dom Couto, ex-Bispo da Diocese Taubaté, da qual São José dos Campos fazia parte. Falecido em 1997, Dom Couto está hoje em processo de beatificação.
Em uma parceria entre a AFAC – Organização Social de Cultura, entidade gestora do Parque Vicentina Aranha, e a Paróquia Sagrada Família - Diocese de São José dos Campos, a Capela foi reaberta para celebrações litúrgicas (Missas e Casamentos) em favor da Causa do Venerável Padre Rodolfo Komorek, além de receber apresentações culturais sazonais.